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terça-feira, 6 de novembro de 2012

Canon quer imprimir sua marca


Mais conhecida pela produção de câmeras fotográficas, a fabricante japonesa agora quer crescer no mercado de impressoras de grandes formatos.

Por Flavia GIANINI, enviada especial a Tóquio
A japonesa Canon é uma das potências do mercado mundial de tecnologia. Os últimos anos, no entanto, têm sido desafiadores para a empresa, que fabrica de câmeras fotográficas a impressoras. 

Com 80% do seu faturamento dependente do mercado externo, a companhia viu seu lucro operacional cair 42% de julho a setembro, na comparação anual, totalizando US$ 888 milhões, valor abaixo da previsão anterior, de US$ 1,2 bilhão. Além da valorização da moeda japonesa, o resultado foi atribuído aos impactos da crise internacional. 

O tsunami ocorrido no Japão e em boa parte da costa asiática, em 2011, também afetou o desempenho.
 
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Jun Otsuka, presidente: "Queremos ser uma empresa de processamento de imagens'' 
 
Diante desse cenário, a estratégia para acelerar a expansão já está definida: investir na América Latina, com destaque para o Brasil. A peça-chave nesse processo é Jun Otsuka, presidente da Canon no País. O plano liderado por ele prevê reforço do segmento de impressoras para clientes corporativos. “A Canon vive uma transição”, diz Otsuka. “O que fizemos foi identificar nichos que farão a empresa a crescer, principalmente nos mercados emergentes”, afirma. No Brasil, a Canon detém 9% do mercado de impressoras de grandes formatos. A expectativa é de que até o fim do ano ela alcance 15% de participação e, em 2017, dobre para 30%. 
 
O plano de Otsuka é buscar áreas que, segundo sua avaliação, são pouco exploradas por HP e Sony, suas concorrentes. “Enquanto elas dão atenção a um mercado quase estacionado, o de impressões domésticas, há um nicho inexplorado, que é o de vendas para escritórios”, afirma. O alvo da Canon é o cliente de porte médio, como escolas e algumas fábricas. 

O argumento para atrair esse público é de que, com o valor gasto com impressões em um mês, esses locais poderiam adquirir uma máquina própria. A estratégia da Canon também engloba a venda de serviços. Um deles é o de computação em nuvem, conectando as impressoras à web. “Vamos diversificar os negócios para além dos equipamentos”, diz Otsuka.“Queremos ser conhecidos como uma empresa de processamento de imagens”, afirma.
 
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