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terça-feira, 30 de outubro de 2012

Impressoras 3D guiarão novo modo de produção industrial


"Os últimos dez anos foram sobre descobrir novas maneiras de criar, inventar e trabalhar em grupo usando a internet. Os próximos dez serão sobre aplicar essas lições ao mundo real."
"Este livro é sobre os próximos dez anos."

É com leve prepotência que Chris Anderson, editor da revista "Wired", define seu mais recente lançamento, "Makers: The New Industrial Revolution" ("Fazedores: A Nova Revolução Industrial"), publicado no início do mês.

A obra se propõe a analisar um novo movimento de "faça você mesmo", desencadeado pelo início da popularização de impressoras 3D --há exemplos até no Brasil, conforme a Folha noticiou (bit.ly/impressoras3D).

Por meio da transformação de bits em átomos --informação em objetos--, ou por possibilitar essa transformação, as empresas dos "makers" dariam um passo adiante.
Passo que Facebook, Google e outras companhias da era da informação não deram.
Dividido em duas partes, "A Revolução" e "O Futuro", o livro parte do pressuposto de que os "makers" são mais que sonhadores de fundo de garagem, e o leitor é obrigado a comprar a ideia se quiser seguir o raciocínio.

Para tentar provar o ponto de vista, Anderson usa como principais exemplos duas iniciativas: uma do avô materno dele, Fred, e outra tomada por ele próprio.

No primeiro caso, o inventor criou e patenteou um sistema elétrico para automatizar a rega de jardins. Depois, licenciou a tecnologia, recebendo por direitos autorais.

No segundo caso, o próprio Anderson criou uma empresa de aeromodelos, a DIY Drones. Tanto o design quanto o software são desenvolvidos on-line por voluntários, e tudo é licenciado por Creative Commons. A renda da empresa vem apenas de vendas.

Para o autor, esse modelo de criação traz vantagens, como o acesso gratuito a profissionais movidos por paixões pessoais e que sentem-se parte de uma comunidade.

Com texto rápido, Anderson leva o leitor a crer que a construção de comunidades on-line engajadas é tarefa simples, enquanto empresas investem milhões e batem cabeça para atingir a meta.

CÓPIAS BEM-VINDAS
E se outra companhia decidir copiar os produtos?
"Idealmente, outras empresas mudariam e melhorariam os produtos", diz Anderson. "Esse é o tipo de inovação que as plataformas de código aberto foram feitas para promover."

"Mas se querem apenas clonar os produtos e vendê-los por um preço menor, está tudo bem, também. Os consumidores irão decidir."

Nesse sentido, os principais valores das empresas de "makers" são marca e comunidade. Os desenvolvedores --que são, também, consumidores-- criam laços com o produto. Assim, eles preferem pagar mais por algo que ajudaram a criar, em vez de economizar com cópias.
Dentro do pensamento de Anderson, entretanto, inexiste a hipótese de uma comunidade abrir mão do produto que criou em troca de outro.

Como apêndice do livro, um manual para iniciantes em CAD (desenho auxiliado por computador), impressão 3D e escaneamento 3D pretende tornar o leitor mais empolgado um "fazedor digital".

Aos menos animados a leitura das 272 páginas talvez se torne enfadonha. Alguns argumentos utilizados pelo autor se repetem de modo insistente -e, algumas vezes, irritante- por toda a obra.
Nesse caso, a versão condensada do livro, reportagem de capa da "Wired" de novembro, talvez seja mais adequada (bit.ly/wirednov).

Makers: The New Industrial Revolution
AUTOR Chris Anderson
EDITORIA Crown Business
QUANTO US$ 14,88 (272 págs.)
AVALIAÇÃO Bom


Simon Plestenjak/Folhapress
Empresa tem impressoras especias que imprimem objetos reais de um arquivo digital
Empresa brasileira possui impressoras especias que imprimem objetos reais de um arquivo digital

As 10 maiores tendências tecnológicas de 2013, segundo o Gartner






Ascensão de dispositivos móveis está no topo da lista, que inclui ainda soluções em memória e lojas corporativas de aplicativos.

Primeiro, veio a adoção pesada da plataforma móvel da Apple pelos consumidores, que encantados com a mobilidade forçaram as empresas a apoiar o uso de dispositivos pessoais para fins profissionais.  

O Android invadiu o mundo corporativo logo depois e chega agora o Windows 8, o mais recente esforço da Microsoft para manter seu império no mundo do PC intacto e ganhar participação de mercado em dispositivos móveis.

Para o instituto de pesquisas Gartner, a chegada do Windows 8 esquenta a "batalha de dispositivos móveis", forte aposta para 2013, que está na lista das dez maiores tendências de TI nos próximos meses.

O Gartner prevê que em dispositivos legados "90% das empresas vão ignorar implementações do Windows 8, pelo menos até 2014", avalia Peter Sondergaard, que comanda a operação de pesquisa do Gartner.

Veja abaixo a lista das dez tecnologias estratégicas para empresas que estarão em alta em 2013 a e vão impactar a TI nos próximos meses, segundo o Gartner.

1. Dispositivos móveis

No próximo ano, os telefones celulares vão ultrapassar os PCs como dispositivo mais comum de acesso à web em todo o mundo. Será que isso significa que aparelhos móveis vão substituir os PCs? Sim e não, diz o Gartner. 

Alguns departamentos de TI só precisam suportar dispositivos móveis para profissionais específicos cujas funções exigem mobilidade. Os demais permanecem nos tradicionais computadores. Mas, acrescenta o Gartner, a ascensão de dispositivos móveis sinaliza o fim do Windows como plataforma corporativa única.

"Até 2015, os embarques de tablets vão atingir cerca de 50% dos embarques de laptop e o Windows provavelmente ficará em terceiro lugar na preferência das pessoas, atrás do Android e do iOs, da Apple", relata David Cearley, analista do Gartner em relatório. "Como resultado, a participação da Microsoft na plataforma do cliente (PC, tablet, smartphone) provavelmente será reduzida para 60% e pode cair para 50%."

2. Mudança de aplicativos nativos para aplicativos web como HTML5 

O Gartner nota que os aplicativos nativos não vão desaparecer e "sempre oferecerão a melhor experiência ao usuário e recursos mais sofisticados."

3. Nuvem pessoal substitui a noção de computador pessoal


A nuvem vai abrigar todos os aspectos da vida de uma pessoa, diz o Gartner. Por ser um modelo tão vasto e capaz de empacotar recursos infinitos "nenhuma plataforma, tecnologia ou vendedor vai dominá-lo", indica o instituto de pesquisas. Isso também significa que TI terá de suportar quase tudo.

4. Internet das Coisas

Tudo vai conectar-se à internet, incluindo câmeras, microfones, realidade aumentada, edifícios e sensores embutidos em todos os lugares. Em muitos casos, ela já se faz presente. A Internet das Coisas vai conduzir novos produtos, como os baseados em uso seguro ou de políticas fiscais. Também levantará novas questões.

"Estamos em um momento em que já não é exagero imaginar que muito do que e quem interagimos esteja ligado à internet", aponta Cearley.

5. Cloud computing

Como a adoção da nuvem cresce, os departamentos de TI terão de criar "serviços em nuvem" para servir como foco central para gerenciar o acesso à serviços externos.

6. Big Data estratégico

Projetos de Big Data estão se tornando mais econômicos para as empresas, graças, em parte, aos servidores e CPUs de baixo custo. Big Data estratégico, acredita o Gartner, fará com que usuários executem projetos não mais isolados. Companhias vão incorporar a análise da grande massa de dados em mais atividades que desempenham.

7. Analytics acionável


Analytics acionável é, em alguns aspectos, um subconjunto da sexta tendência (Big Data estratégico). Processamento de baixo custo está fazendo o possível para "realizar análises e simulações para cada ação tomada em um negócio". A maioria das análises hoje se concentra em olhar para a análise histórica, o próximo passo é prever o que pode acontecer.

8. Computação em memória (in-memory)

Computação em memória, diz o Gartner, pode ser transformacional. Ela permite que as atividades que consomem horas para serem executadas levem minutos ou apenas segundos. A computação em memória vai se tornar uma plataforma dominante no próximo ano ou dois, já que cada vez mais os usuários buscam consultas em tempo real.

9. Appliances virtuais integrados à ecossistemas

Eles não vão acabar com aparelhos físicos e suas vantagens de segurança, mas dispositivos virtuais vão ganhar um lugar de destaque nas operações de TI.

10. Lojas corporativas de aplicativos 

Lojas empresariais de aplicativos vão transformar os departamentos de TI em gerentes de mercado, proporcionando governança e até mesmo apoiando a "apptrepreneurs". Lojas de aplicativos serão o espaço para encontrar tudo o que o usuário precisa para aprimorar seu trabalho. 

Fonte: Computerworld